Entenda o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH): sintomas como busca excessiva por atenção, causas e tratamentos. Aprenda a identificar e lidar com o transtorno.
Introdução
Você já conheceu alguém que parece dramatizar situações, busca constantemente ser o centro das atenções e tem mudanças rápidas de humor?
Esses comportamentos podem indicar o Transtorno de Personalidade Histriônica (TPH), um distúrbio que afeta a forma como a pessoa se relaciona e se percebe.
Segundo estudos, o TPH atinge cerca de 1,8% da população, com maior prevalência em mulheres.
Neste artigo, vamos explorar as características, causas e opções de tratamento para o TPH.
O que é Transtorno de Personalidade Histriônica?
O Transtorno de Personalidade Histriônica é um padrão difuso de exagerada emocionalidade e busca por atenção, presente em diversos contextos da vida. A pessoa com TPH tende a ser teatral, sedutor e superficial em relacionamentos, com uma autoimagem dependente da aprovação alheia
Diferença entre TPH e outros transtornos:
- Transtorno Borderline: Mais focado em medo de abandono, cobrança explícita de atenção e instabilidade emocional.
- Transtorno Narcisista: A pessoa busca admiração por se sentir superior, não apenas por atenção.
Sintomas do Transtorno de Personalidade Histriônica
Os sintomas são comportamentais e emocionais, com destaque para:
1. Busca Excessiva por Atenção
- Sente-se desconfortável quando não é o centro das atenções.
- Comportamentos dramáticos: crises de choro, ameaças de suicídio ou doenças fictícias para chamar atenção.
2. Emocionalidade Exagerada
- Reações emocionais intensas e desproporcionais (ex.: chorar por um comentário trivial).
3. Sedução e Apelo Físico
- Uso da aparência ou comportamento sedutor para conseguir aprovação.
4. Relacionamentos Superficiais
- Amizades baseadas em admiração, sem profundidade emocional.
5. Sensibilidade a Críticas
- Reage com raiva ou humilhação a feedbacks negativos.
Exemplo: Uma pessoa com TPH pode contar uma história de forma exagerada em uma festa para monopolizar a atenção.
Causas e Fatores de Risco
A origem do TPH é multifatorial, envolvendo:
1. Fatores Biológicos
- Genética: Histórico familiar de transtornos de personalidade ou dependência emocional.
2. Fatores Ambientais
- Criação inconsistente: pais que recompensam apenas comportamentos chamativos.
- Traumas na infância: negligência ou abuso emocional.
3. Traços de Personalidade
- Tendência ao egocentrismo e necessidade contínua de admiração 9 .
Diagnóstico: Como é Feito?
O diagnóstico é realizado por um psicólogo através de:
1. Entrevista clínica: Avalia padrões emocionais, psicológicos e comportamentais ao longo da vida.
2. Critérios do DSM-5: Manual que lista os sintomas necessários (ex.: ≥5 critérios para TPH).
3. Testes psicológicos: administração de instrumentos científicos de uso privativo de psicólogos, com reconhecimento do Conselho Federal de Psicologia.
4. Exclusão de outros transtornos: como borderline ou bipolar.
Tratamento para o Transtorno de Personalidade Histriônica
O tratamento prioriza a psicoterapia, com foco em autoconhecimento e mudança de padrões:
Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC)
Age na identificação de crenças, pensamentos negativos e comportamentos disfuncionais que promovem a manutenção dos sinais e sintomas do TPH.
3. Medicamentos
- Antidepressivos ou ansiolíticos podem ser usados para sintomas específicos (ex.: crises de ansiedade), conforme prescrição de especialista.
Vivendo com o Transtorno de Personalidade Histriônica
Pessoas com TPH podem melhorar com autoconhecimento e apoio:
Dicas Práticas:
- Terapia em grupo: Aprenda a ouvir e respeitar limites alheios.
- Diário emocional: Identifique padrões de busca por atenção.
- Redes de apoio: Conecte-se com grupos de pessoas em recuperação.
Como Ajudar Alguém com TPH:
- Estabeleça limites claros sem julgar.
- Incentive a busca por ajuda profissional.
Se o vídeo não abrir, recarregue a página.
FAQ: Perguntas Frequentes
1. O TPH tem cura?
No momento, ainda não. Mas, com psicoterapia de longo prazo, muitos pacientes reduzem os sintomas e melhoram muito a sua qualidade de vida e rede social.
2. É possível ter TPH e não saber?
Sim. A pessoa pode ver seus comportamentos como “naturais” ou “dramáticos”.
3. O TPH afeta relacionamentos?
Sim. A superficialidade e dependência de aprovação podem afastar pessoas.
4. Qual a diferença entre TPH e bipolaridade?
O TPH é um transtorno de personalidade, enquanto a bipolaridade é um transtorno de humor com fases de mania e depressão.
Conclusão
O Transtorno de Personalidade Histriônica é um desafio que requer paciência e tratamento adequado. Se você ou alguém que conhece apresenta os sintomas, buscar ajuda é o primeiro passo para uma vida mais equilibrada.
Autor: Alex Tavares é psicólogo (CRP 07/11807), psicoterapeuta, mestre em Psicologia (UFRGS), supervisor presencial e/ou on-line em Acompanhamento Terapêutico, Psicologia e Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC), menção honrosa pelo Conselho Regional de Psicologia (CRPRS). Além disso, é autor de vários livros e artigos publicados em livros, revistas e periódicos nacionais e internacionais. Desde 2005, tem autorização do Conselho Federal de Psicologia do Brasil (CFP) para prestar a Psicologia On-Line. Autor do primeiro livro de Psicologia on-line do Brasil e primeiro livro digital do planeta sobre atendimento via internet com área de membros 24 horas, vídeos, sons (mp3) e jogos virtuais (Quiz). Criador do 1º “Congresso On-line de Saúde Mental” do planeta. Coordenador do primeiro curso de Acompanhamento Terapêutico via internet do planeta. Professor da Academia Portal Dr: desenvolvimento pessoal com saúde e ciência. Ele também tem Canal de Psicologia, saúde e desenvolvimento pessoal no YouTube.
Descubra mais sobre psicologoclinico.com.br
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Você pode comentar agora!